Expediente: Antonio de Maia e Pádua (editor) e Edson Rodrigues Marques (revisor)
Sumário
1º Mutirão PopRuaJud, 14 de dezembro de 2021, 5
2º Mutirão PopRuaJud, 8 de março de 2022, 7
3º Mutirão PopRuaJud, 28 de junho de 2022, 9
Setor Comercial Sul, 15 de julho de 2022, 11
Centro Pop Taguatinga, 28 de julho de 2022, 13
Outras atividades, 15
Sobre o GTR DF, 16
Composição do GTR DF, 16
Expediente, 17
Para além das milhares de mortes, o agravamento da miséria também marcou a tragédia humanitária que destroçou o país nos dois primeiros anos da pandemia da Covid-19.
Mais pessoas e famílias foram empurradas para a pobreza, aumentando muito a população em situação de rua. No Distrito Federal, quadruplicou desde 2020.
As quinhentas e noventa pessoas invisibilizadas aos olhos de quem desconhece o rompimento de vínculos hoje excedem as duas mil e cem.
Para quem não tinha um teto sob o qual se abrigar, o dia a dia, já muito difícil, tornou-se ainda pior na pandemia.
O risco aumentado de cair doente, o desaparecimento de doações e dos pequenos trabalhos, o cruel desmonte e sub
manutenção da rede de proteção social promovida por governos higienistas e autoritários em ambos os planos federativos, tudo a negar dignidade e vulnerabilizar profundamente os direitos humanos da população em situação de rua.
Ultrapassada a fase de administrar o caos, focada na urgência de abrigamento e em impedir as remoções promovidas pela zeladoria urbana, a retomada dos atendimentos para prestar assistência jurídica integral e gratuita encontrou dor, sofrimento e terra arrasada.
O mau tempo e suas sombras não serão eternas, e agora talvez seja a hora em que mais se faz necessário para a Defensoria estar presente, ajudando a alimentar a esperança de reconstruir laços, participar da vida comunitária, experimentar a cidadania e, assim, superar a situação de rua.